terça-feira, 25 de maio de 2010

MANIFESTO NACIONAL EM DEFESA DO TRABALHO DE CAMPO

“Andar e pensar um pouco, que só sei pensar andando. Três passos, e minhas pernas estão pensando”
Paulo Leminski


A Confederação Nacional de Entidades Estudantis de Geografia (CONEEG) está organizando para entre os dias 24 a 28 de maio, através das escolas que constroem, a Semana Nacional de Lutas dos Estudantes de Geografia que abordará a crise em que se passa a educação no âmbito nacional; os problemas referentes a avaliação de curso; a necessidade de nos vincular aos movimentos sociais combativos; além da questão fundamental para um tipo de geógrafo determinado, o trabalho de campo. Para este tema, especificamente no dia 26/05/2010, privilegiará para constituirmos um movimento nacional pela defesa do trabalho de campo nos cursos de Geografia. A luta por trabalho de campo é uma forma de nos unirmos em torno de uma questão essencial na formação do geógrafo, e, a partir dela, pautarmos os demais problemas que encontramos em nosso percurso enquanto estudantes.

Momento fundamental para nossa relação, enquanto geógrafos, com a realidade, o trabalho de campo estabelece esta ponte necessária – geógrafos e realidade – vinculando práticas e reflexões, nossos percursos teórico-metodológicos e, acima de tudo, nosso fazer político-epistemológico.

Político, porque na pesquisa de campo, seja ela individual ou coletiva, não nos deparamos com objetos inertes, sem vida, engessados e neutros, mas sim com contradições e conflitos em ovimento, que permeiam a lógica de uma sociedade que vê o espaço como meio; condição e produto para sua reprodução. Estas contradições e conflitos determinam que toda pesquisa de campo tem uma implicação política, da qual ou tomamos controle e lhe damos direção ou ela nos controla e direciona nosso fazer.

Epistemológica, pois toda prática em ciência expressa determinados discursos e concepções de ciência. Assim, na Geografia, toda prática de campo está imbuída em uma metodologia, em uma forma de fazer Geografia e, conseqüentemente, em uma formação de Geografia. Aqui também, se não tomarmos as rédeas, nossa formação é atropelada pela ditadura das técnicas, do utilitarismo e da produtividade, as quais nos alienam do processo de produção do conhecimento.

Nossos cursos de graduação encontram-se cada vez mais funcionalizados, ou em vista disso, na medida em que o conhecimento se tornou mercadoria e, como tal, moeda de troca para as agências (públicas e privadas) que fomentam a pesquisa, as quais reproduzem um conhecimento acrítico, fragmentado e especializado cada vez mais em cada vez menos. Aqui, está posto um projeto de ensino e de universidade, no qual é desprezado todo e qualquer momento de formação que se dê para além das funções que um profissional deve ter para dar resposta ao mercado de trabalho.

É nesse contexto que reivindicamos a defesa de um trabalho de campo que não tenha um fim em si mesmo, mas que seja um momento de formação e experiência compromissado com outra Geografia e com a construção de outra sociedade. Ao defendermos o trabalho de campo queremos propor uma Geografia comprometida com a práxis, momento dialético, onde teoria e prática se determinam entre si, colocando de lado as certezas e o engessamento do conhecimento geográfico para evidenciar e aprofundar a crise em que se encontra nossa disciplina, nosso fazer e nossa formação.

Lutamos para que haja trabalhos de campo; que tenhamos os custos das viagens (hospedagem e alimentação) pagos pelas universidades – não tornando o trabalho de campo um privilégio para os que podem pagá-lo – por uma estrutura básica de transporte, equipamentos e materiais para nossas saídas. Lutamos pelo fim das barreiras burocráticas que impedem, dificultam ou limitam o trabalho de campo, que impossibilitam a autonomia para a sua realização.

Queremos uma Geografia livre das estruturas funcionalizadoras e produtivistas do conhecimento mercadológico, a fim de podermos dirigir com autonomia nossas ações-reflexões, construindo uma Geografia que esteja realmente em movimento.

Semana Nacional de Lutas dos Estudantes de Geografia
Durante os dias 24 à 28 de Maio
Geografia em Movimento
Avaliação de Curso
Contra a Crise da Educação
Defesa do Trabalho de Campo [26.05]

Geografia em Movimento

Este eixo visa promover nas escolas trabalhos de campo que vão além das práticas tradicionais feitas nas disciplinas ministradas por nossos professores, queremos aqui incentivar a aproximação efetiva da Geografia
com os movimentos sociais/populares e comunitários que resistem, tanto no campo como na cidade, à lógica imposta pelo capitalismo e consequênte mercantilização do espaço. Basta utilizar das lutas de movimentos sociais e populares somente como objeto de nossas pesquisas e nas salas de aula? Qual a grafia no espaço desses movimentos? Como podemos atuar nestes movimentos sem que sejamos meros espectadores?

Estas perguntas surgem nesta 1ª Semana Nacional de Lutas da Geografia com o objetivo de colocar em xeque o tipo de conhecimento que tem sido produzido na academia e pra quem ele serve. Devemos discutir seriamente a possibilidade de ir além da produção teórica academicista, intervindo solidariamente nos movimentos que lutam por uma transformação sócio-espacial subversiva e revolucionária.

Avaliação de Curso

Até que ponto nós estudantes temos voz e legitimidade para participar efetivamente dos planejamentos e decisões pertinentes ao nosso curso? Dificilmente somos ouvidos ou levados a sério nos espaços em que possuímos algum tipo de representação, sendo que a participação dos estudantes é fundamental em tudo que diz respeito ao processo de ensino-aprendizagem. Temos muita dificuldade para fazer uma avaliação séria de nossos cursos e exigir mais qualidade junto aos departamentos. Devemos questionar o conhecimento produzido, a estrutura física que nos é oferecida, o comprometimento com uma análise geográfica totalizante que não seja voltada para o mercado, a representação estudantil, a qualidade e quantidade dos trabalhos de campo, entre várias outras questões que afetam nossa formação como geógrafos. Neste dia pretende-se que nós, estudantes, debatamos os rumos que nossos cursos vêm tomando em diversos aspectos políticos: questionar de que lado está a Geografia que é ensinada e pra quem ela serve, bem como a participação e posicionamento dos departamentos nas políticas das universidades.

Crise da educação universitária e a Geografia

Desde seu primeiro mandato Lula vêm aplicando de forma fragmentada todos os ditames do Banco Mundial para a educação que seu antecessor não havia conseguido. Embalado na demagogia e assegurado pela repressão editou medidas provisórias, decretos, portarias, instruções normativas e leis, que instituíram,
no âmbito da chamada “reforma” universitária, as PPP’s, a Lei de Inovações Tecnológicas, o SINAES, o PROUNI, o REUNI e etc. Nesse contexto os cursos de geografia, assim como outros cursos ligados à licenciatura têm sentido de forma especial o peso de tais medidas. Uma das maiores provas disso tem sido o avassalador avanço da chamada “educação à distância” (UAB, UNIVESP e etc.) nestes cursos. Mas nada disso tem passado “em branco”, sem a resistência de todos aqueles que, desde o início ou no decorrer da luta, enxergaram nessas medidas (assim como nas demais “reformas” trabalhista, sindical e previdenciária) um verdadeiro ataque coordenado à educação pública gratuita.

Com o objetivo de garantir que a geografia não fique fora dessa luta devemos debater em nossa “Semana”, sobre a atual crise da educação superior e os seus reflexos diretos e indiretos em nosso curso.

À luta! Cobremos decididamente a permanência dos nossos direitos; por melhor formação; por mais e melhores trabalhos de campo; por melhor orientação nos Trabalhos de Conclusão de Curso; por laboratórios; por mais bolsas de pesquisa; pela contratação de professores e funcionários efetivos!

Trabalho de Campo

O trabalho de campo é um momento fundamental na formação em Geografia. Porém, não qualquer tipo de campo, mas sim aquele voltado para uma formação político-epistemológica, na qual não se faz Geografia sem se fazer política e não se pensa as múltiplas geografias fora dos discursos políticos que elas trazem consigo. O trabalho de campo é, portanto, momento de práxis geográfica, pois nos faz entrar em relação com a realidade que estamos inserido, relação onde a teoria e a prática se confundem e se determinam; movimento ideal para um conhecimento não engessado, crítico e transformador.

É deste momento formador que nossas faculdades, via políticas mercadológicas para a educação, estão nos restringindo, seja através do não custeamento das diárias necessárias para pagar custos de hospedagem e alimentação, ou mesmo da falta de infra-estrutura básica de transporte e da falta de materiais e equipamentos necessários para uma saída de campo. Nossa reivindicação é pelo fim dos empecilhos e trâmites burocráticos que impossibilitam ou restringem nossas saídas à campo, bem como por autonomia para dirigirmos e pensarmos este momento em nossas escolas, para, a partir dele, refletimos que Geografia estamos fazendo.

Fazemos um chamado para que no dia 26 de maio organizemos nossas escolas em torno do debate/ação nacional sobre o trabalho de campo para refletir a geografia que temos e a geografia que queremos.




Semana Nacional de Lutas dos Estudantes de Geografia

Dia nacional da defesa do trabalho de campo. Produção do documento a ser enviado à CONEEG sobre trabalho de campo.


Convidados: estudantes de Geografia
 
Quarta-feira (26/05)
14:30 – 18:00
Sala da Geografia
 
Mesa-redonda: A educação no contexto da sociedade pós-moderna e as políticas afirmativas.


Convidados: Josete Soares Pereira /IFF- Campos

Quarta-feira(26/05)
19:00 – 21:30
Miguel Ramalho

Avaliação da Licenciatura em Geografia.


Convidado: Coordenação de Geografia.

Quinta-feira (27/05)
14:30 – 18:00
Sala da Geografia

Mesa-redonda: Movimentos socais em debate.

Convidados: Celso Acácio/IFF-Campos
Guiomar Valdez /IFF-Campos

Sexta-feira(28/05)
19:00 – 21:30
Miguel Ramalho

domingo, 16 de maio de 2010

Próxima Reunião do CA de Geografia.


Devido aos últimos acontecimentos (COREGEO-SE), e os que estão por vir (ENG – Porto Alegre), precisamos mais do que nunca nos reunir em prol de nossos debates.




Para darmos início a essas discussões estamos marcando a próxima reunião do Centro Acadêmico de Geografia (CAGEO), para o dia 19 de maio de 2010, às 16h00minh, no corredor da Geografia.


Então, fica combinado assim!


Até lá!


ps: A ata do COREGEO-SE que foi realizado nesse fim de semana no IFF-Campos já está aqui ÓH, aqui em baixo.

Fotos COREGEO-SE IFF Campos dos Goytacazes




As fotos foram tiradas logo após o retorno do almoço.
Inicialmente nos reunimos próximo às quadras e conha acústica.

Acabamos ficando mais avontedes  perto do quiosque onde tinha tomada pro PC, banheiro e alojamento mais pertinho...





...enfim acabamos o dia de sábado lá pras nove da noite.

Informativo da EREG-SE deliberado no COREGEO-SE IFF Campos

Geografia e sua práxis: as inquietudes do cotidiano


Não é novidade que o capital mantém uma relação promíscua com o Estado, e este atua hoje espalhando uma verdadeira rede de dominação sobre os espaços “democráticos”, culminando na criminalização da pobreza pelos que podem se apropriar da “seta dourada do consumo” produzindo e reproduzindo a atual estrutura social.

O cidadão a cada dia é entendido pelas esferas estatais e do capital como elementos abstratos em suas visões da sociedade. O exemplo destas transformações se vê nas contradições: trabalhadores x colaboradores, cidadãos x clientes x consumidores em que a ação cidadã na transformação do espaço se apresenta como coadjuvante.

O objeto de estudo amplo da ciência geográfica gera uma fragmentação que acompanha a geografia desde sua origem. Esta questão é contínua tanto na vida dos estudantes, quanto na vida dos profissionais da geografia. Sendo assim, a fragmentação das análises espaciais não privilegiam um olhar sobre um sistema integrado e complexo que é a relação homem x natureza, onde fica distorcida a análise de que esta relação não é estática e ocorre dentro de um mesmo espaço, desarmonicamente organizado.

Além disso, o cartesianismo e suas ramificações adicionados do cientificismo que está presente dentro da academia e a cobrança de produtividade que há em cima do aluno provoca um distanciamento ainda maior e um esvaziamento do movimento estudantil.

A geografia não deve perder o seu caráter transformador/interventor do espaço, sendo usada de forma comercial e assim exercendo uma manipulação de informações visando muitas vezes o lucro. Discutir o contexto em que os estudantes e profissionais de geografia estão inseridos, a inquietude sobre os rumos da geografia é entendida como questão latente para um debate. Neste sentido, refletir o mercado de trabalho é entender as demandas que este promove, onde é priorizada a formação profissional mais técnica, em detrimento das reflexões que buscam pensar o espaço de maneira mais crítica.

Neste sentido, entender o geógrafo dentro dos processos sociais, historicamente construídos, propõe-se pensar uma ação mais transformadora do espaço sobre os conhecimentos construídos na academia, a qual privilegia a reflexão do espaço vivido, para que existam, para além das reflexões, intervenções transformadoras do espaço na sociedade como um todo.

ATA COREGEO (15 E 16 / 05 / 2010)

ATA COREGEO (15 E 16 / 05 / 2010)




No dia 15 do mês de maio ocorreu o Conselho Regional do Estudante de Geografia/ SE no Instituto Federal Fluminense – RJ, contando com a presença das seguintes escolas: UNIFAL, IFF-Campos, UFJF, USP, UFES



PAUTA:

- INFORMES

- ENG 2010

- DISCUSSÃO DO PRÓXIMO EREGEO ALFENAS

- CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS

- PRÓXIMO CONSELHO

- OUTROS ASSUNTOS

- ELABORAR INFORMATIVO



- INFORMES DAS ESCOLAS



- UFES

A discussão sobre o REUNI está prosseguindo na UFES, só que está havendo um conflito com o Departamento de Geografia, que tem autonomia sobre a adesão do mesmo ou não, o DEPGEO em parceria com os estudantes fez um documento e enviou ao Centro de Ciências Humanas e Naturais e tem 60 dias para discutir sobre o assunto.

Problemas internos no CAL-GEO para articular, principalmente, o ENEG (Encontro Nacional de Estudantes de Geografia) de 2011, que deveria servir como marco da renovação do Movimento Estudantil da Geografia na UFES, que não está acontecendo efetivamente por que os alunos se colocam contra a participação na organização por decorrência da utilização de maconha por alunos no centro acadêmico. O problema se concentra no espaço físico.

O CAL-GEO vem preparando atividades que visão participação por parte de todos os estudantes de Geografia, sobre tudo com um trabalho de base com os calouros, além disso, prepara um boletim informativo que mostra quais são as ações do CAL-GEO.



UFJF

DA. Geo apresenta chapa única há três anos. Onde as comissões apresentam forma autônoma.

Comissão de estágio para romper a iniciativa de empresa júnior.

Ligamento com movimentos sociais. Articulação com o MST

REUNI. Expansão da universidade com diversas obras.

Problemas com obras x aulas. Alunos do Bacharelado em Humanidades estudam no primeiro andar e obras são realizadas nos superiores



Geografia não adere ao REUNI-perca de autonomia. Porém aderiram à expansão e abriram mais 15 vagas no vestibular passando para 45 ingressantes com isso houve a contratação de mais dois professores.

O DA participa de um campo político formado pelos Das de Servico Social, Geografia, Filosofia e Coletivo Piracema este tira políticas em conjunto para universidade.

Retaliação por parte de manifestação contra a chapa única para a reitoria. Possível não liberação de ônibus para o ENG, ainda não resolvido.

DCE sem ação, emparelhado (PT (DS e Trabalho)) e convergência com a reitoria(PSDB)



IFF - CAMPOS



Burocratização por parte do instituto para realizar o COREGEO.

Segmentação da administração – com a institucionalização do instituto, a antiga diretora virou reitora e houve uma eleição para diretor do campus, proporcionando uma divergência dos segmentos administrativos.

Eleição para coordenador do curso antidemocrática, não legitima a participação dos alunos no processo deste. Sendo assim o C.A. atua para modificação desse quadro, porém há pouca participação no espaço de discussão.

É necessário conscientizar a classe estudantil pra uma melhor paridade nas decisões no instituto.

O instituto já apresenta problemas relacionados à falta de espaço; a cordenação se apropriará de umas das salas (sétimo e oitavo períodos) em prol de sua ampliação. Os estudantes estão se mostrando insatisfeitos com essa decisão acordada em reunião dos professores sem consultarem opinião dicente.

Falta de assistência a saúde, onde os alunos não tem transporte até o hospital, quando o serviço não é prestado no posto médico e assistência estudantil, levando em consideração as ajudas de custo liberadas pelo serviço social e presas no Pró IFF.

C.A. do IFF apoiando a construção de um C.A. na Geografia da UFF-Campos.

Após alguns encontros de geografia promovidos pela coordenação, que não havia participação dos alunos na construção do mesmo, o C.A. consegue um espaço efetivo na construção do evento, defendendo as idéias dos alunos.



USP



Funcionários em greve devido aumento salarial concedido apenas aos professores (quebra de isonomia) . No primeiro dia de greve o reitor decretou multa ao Sintusp por realizarem piquetes, além de autorizar novamente a entrada da polícia no campus

Assembléia geral dos estudantes aprovou indicativo de greve.

Homofobia por parte do jornalzinho produzido por alunos da Farmácia – ato dos estudantes contra o ocorrido, porém foi percebida uma deturpação do ato por parte da mídia

Apoio a greve dos funcionários

Faculdade de direito promove ato contra decisões imparciais por parte do antigo diretor (atual reitor)



UNIFAL-MG



Realização de trabalho de campo na semana de lutas da Geografia - Realizar trabalho de campos para discutir trabalho de campo e sua necessidade para formação geográfica

Instalação do C.A. no espaço físico destinado.

Assembléia estudantil como pauta a reestruturação do DCE - Criar concepções de DCE e gestão. Proposta de chapa composta por representantes dos C.A’s e dinamizar o movimento

Nenhum aluno da universidade recebeu recursos da assistência estudantil. A assistente social encarregada do processo está de licença devido a um acidente muito grave e mesmo assim aceitou a tarefa de fazer o levantamento dos discentes que receberiam os auxílios. Devido ao fato de diversas consultas médicas e outros fatores pessoais a seleção dos alunos ficou em segundo plano. O atual reitor foi orientado na época do acidente a contratar outro serviço de assistência social e garantiu que não havia possibilidade dentro dos mecanismos legais e que a mesma iria executar a tarefa.

Os calouros realizaram um trabalho de campo, onde insultaram o motorista e consumiram bebidas alcoólicas. Após a chegada na universidade, o motorista tirou fotos das garrafas de bebida e dos atos de vandalismo praticados pelos discentes e enviou a reitoria. Com isto foi nomeada uma comissão para elaborar um regulamento geral para as viagens de graduação burocratizando ainda mais as solicitações para saídas de campo.



UFF - CAMPOS



Com a expansão do reúne a escola que apenas tinha um curso de graduação passou a ter mais três novos cursos, onde se utilizou espaço privatizado por um semestre para uso de dois deste. No próximo semestre mais dois cursos e no próximo vestibular mais um. A questão do espaço é um problema que acompanha o campus, onde os alunos hoje se encontram estudando em estrutura de containers por falta de espaço. Pelo mesmo motivo campus se encontra em reforma (que não param no horário das aulas) para ampliação da estruturas preexistentes.

Outra questão particular dos estudantes da geografia é a tentativa de formação do Centro Acadêmico de Geografia. Para conquista de seu espaço no movimento estudantil os alunos contam com a ajuda de centros acadêmicos já formados, inclusive com o apoio do CA de geografia do IFF –CAMPOS, onde os mesmos defendem uma parceria entre as escolas por estarem situadas na mesma cidade. Os alunos estão abertos a aproximação, mas para qualquer coisa formal existe resistência por parte da coordenação da geografia da própria UFF.



-ENG 2010

- Devido à falta de experiência dos membros deste COREGEO quanto ao funcionamento do ENG, nós chegamos ao consenso que o melhor procedimento é fortalecer o espaço da CONEEG no ENG;



-DISCUSSÃO DO PRÓXIMO EREGEO ALFENAS

- Distanciamento entre discurso e pratica na fala do movimento estudantil;

- É necessário pensar novas práticas para agregar os novos alunos visando à manutenção do movimento estudantil;

- É necessário, visando à prática, resgatar o Geo-na-rua nos encontros;

- O geo-na-rua tem de ser algo consciente, fruto de amadurecimento coletivo a partir dos problemas comuns dos vários lugares;

- Os problemas identificados nos encontros, são frutos da falta de discussão nas escolas. A elaboração de um informativo impresso, quando possível, fruto do acumulo de cada COREGEO;

- É necessário realizar a discussão nas bases para amadurecimento do tema do encontro;

- Proposta de tema com base nos acúmulos do COREGEO ALFENAS: Geografia e sua práxis: as inquietudes do cotidiano;



ENCAMINHAMENTOS

Elaborar um informativo com os acúmulos do COREGEO (Tema do próximo encontro, discussão sobre a importância da calorada e a realização de trabalhos de campo);



- O EREGEO DE ALFENAS

- O corpo de estudantes envia projeto para a universidade, após longos tramites burocrático obteve a seguinte resposta: A universidade sede o espaço de duas formas, o CA assume as responsabilidades pela elaboração do evento ou a universidade entra como parceira. Nesse caso, um professor deve ser o coordenador do evento e havendo cobrança de taxa de inscrição as movimentações financeiras devem ser realizadas pelo órgão de fomento (FACEPE).

- A escola sede levanta a questão de que o consumo de drogas licitas e ilícitas é efetivamente proibida, havendo possíveis retaliações no decorrer do evento ou para com os alunos da escola sede;

- A escola sede, diante de tal gravidade dos fatos, solicita o apoio na construção de uma consciência coletiva a fim de minimizar possíveis retaliações;

- A CA da escola sede expõe a necessidade do envolvimento da EREG-SE na construção do evento, além dos debates no CONEGEO, na semana que antecede o evento;

- A escola sede aponta a possibilidade da parceria com o MST para a compra e preparação do rango para o evento;

- A universidade fornece a limpeza de suas dependências durante o evento;

- O encontro deve abrir espaço para atuação das brigadas, vendo a necessidade como motivadora para a ação.

- A plenária inicial é uma ferramenta de sistematização do encontro e seu esvaziamento é uma resposta clara de que ela não está funcionando;



- PROPOSTAS DE GTs

Seria interessante a utilização de filmes para fomentar o debate nos GTs;

- Criminalização da pobreza e dos movimentos sociais: propor o debate sobre a relação de criminalização da pobreza (polícia pacificadora, criminalização do Funk) e em paralelo a criminalização dos movimentos sociais;

- A geografia na escola e o novo ENEM: como a geografia é trabalhada nas escolas e como ela pode vir a ser trabalhada para adquirir práxis? Como ficara o conteúdo de geografia a partir do novo ENEM;

- (??Ser normal é diferente??): debate sobre homofobia, gênero e racismo;

- Trabalho de campo e autonomia: a importância do trabalho de campo para a formação do profissional de geografia no cenário da reforma universitária e ensino a distância;

- “O papel do estudante de geografia em sua formação”: O movimento estudantil de geografia, estratégias de mobilização e ação para a luta (sugestão de filmes: /68 da ternura... A folha que sobrou do caderno);



- ENCAMINHAMENTOS

- Dentro das concepções de movimento estudantil que construímos é consenso que a proposta de realização do evento em parceria com a FACEPE, nos moldes apresentados pela universidade é inviável. Repudiamos tal proposta, ficando sob total responsabilidade do CA da escola sede e da EREG-SE a realização do evento;

- A inclusão de um texto no informativo a fim de conscientizar os alunos quanto à situação da UNIFAL referente ao consumo de drogas e posturas diversas;

- Incluir no informativo a importância das brigadas expondo que será necessária a efetiva atuação das brigas para o funcionamento do evento;

- Elaboração de um termo de compromisso para os participantes, firmado no momento da inscrição, a fim de minimizar as possíveis retaliações sobre o CA da escola sede.



- CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS

- Por que os movimentos sociais vêm sendo criminalizados?

- Perda da força de atuação da população, cerceamento da democracia;

- Todos os movimentos sociais são criminalizados?

- A criminalização dos movimentos sociais esta associada à criminalização das camadas populares, quando estas tentam romper ou não atendem o interesse burguês;



- ENCAMINHAMENTOS

- Esta pauta deve ser permanente do COREGEO;

- A discutição deve ser levada para as escolas para aprofundar o acumulo;

- Incluir o debate da criminalização das camadas populares no informativo.



- PRÓXIMO CONSELHO

- É necessário pensar o conteúdo e o material para o kit do participante que corrobore com os objetivos do encontro, estimulando a participação nas atividades (Texto sobre brigadas, espaço para a CONEEG-Cartilha, geografia das siglas, informativo dos GTs, espaço COREGEO, programação, Concepção do evento com informes sobre as plenárias, texto sobre trabalho de campo e texto sobre a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais);

- Apontamos que se faz imprescindível a presença da tesouraria responsável pelo EREGEO Campinas para prestar contas e fazer o repasse da grana;

- A UNIFAL aponta que os custos do evento poderão ser reduzidos, pois o alojamento não será pago, a alimentação será facilitada pelo MST e os campos não serão distantes;

- Pensar a logística da alimentação, pratos, talheres, lavar a louça (Kit militante);

- O intergeo tem de ser mais bem organizado e ter mais modalidades (Pique bandeira, queimado, basquete, vôlei) além de uma discussão geográfica sobre os esportes.



- ENCAMINHAMENTO

- Apontamos que o próximo conselho será na USP no dia 26 e 27 de Junho de 2010;

- Indicativo do conselho extraordinário no ENG. Proposta de data, 26/07/2010 às 20 horas no local do credenciamento;

- UNIFAL se compromete a trazer para o próximo conselho já os esquemas de rango;

- UNIFAL se compromete a elaborar uma pré-inscrição e o site do evento para o próximo COREGEO;

- O IFF campos se compromete a fazer o corre da bolsa (FENEA);

- A inscrição no intergeo se dará no momento da inscrição no evento;

- Ver esquema do crachá;

- Apresentar esboço do cartas do próximo encontro;

- O IFF e UFES se comprometem a elaborar o texto sobre a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais para dia 19 de junho de 2010;

- é necessário que as escolas discutam o tema nesta ata proposto para encontro de Alfenas, criando reflexões e trabalhando a base com os estudantes para as mesas e GD´s.



- OUTROS ASSUNTOS

-INFORMATIVO (PROPOSTA DE TEXTO)

Geografia e sua práxis: as inquietudes do cotidiano



Pautas para o próximo COREGEO

-Informes;

-Prestação de contas EREGEO-Campinas;

-Sistematização da grade do encontro (mesas, gt´s, etc);

- Criminalização dos Movimentos Sociais;

-EREGEO Alfenas;

-Próximo Conselho;

-Outros Assuntos;

sábado, 8 de maio de 2010

Surge um incomodo

Texto obtido no grupo de discução da EREG-SE.

“Uma flor nasceu na rua!
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.”
(A flor e Náusea - C.D.A.)

Surge um incomodo. Penso ser necessário apontar, já de principio, que não pretendo responder nenhuma das perguntas que esse incomodo me suscita, mas talvez fazer com que surjam mais perguntas ainda e uma principal: que Geografia desejo?

Nos últimos séculos a ação antrópica tem transformado a superfície terrestre. Essas transformações sofridas alteram tanto o homem quanto a natureza e fazem ocorrer mudanças no espaço geográfico. Essas transformações são a base para que a ciência Geografia se mova. Um movimento em busca de entender o que se modifica no Espaço Geográfico. O que ergue a questão: o que é o Espaço Geográfico?

As concepções de Espaço Geográfico partem da Física Newtoniana: Espaço Absoluto e Espaço Relativo. O Espaço Relativo está intrinsecamente ligado a matéria, ou seja, qualquer mudança material altera o Espaço Relativo, logo, o Espaço Geográfico. Assim a concepção de espaço que tende a prevalecer hoje na Geografia é o Espaço Relativo, pois estando em uma sociedade capitalista e está tendo como uma de suas bases o trabalho abstrato se faz necessário que o espaço seja uma concretude para uma melhor e efetiva circulação das mercadorias. (Neil Smith)

Se qualquer mudança no concreto muda o Espaço Geográfico e as mudanças no concreto são feitas a todo o momento por eras será o espaço ontológico? O espaço como ontologia cabe no Materialismo Histórico?

Para entender essas transformações se fazem necessário um rol conceitual que de conta filosoficamente dessas mudanças. Daí a importância de se ter uma “História do Pensamento Geográfico” e disciplinas que abarquem temas como teorias e métodos dentro da Geografia.

Porem como aponta sabiamente Einstein: “é necessário cada vez mais lançar-se à critica desses conceitos fundamentais, para que não possamos ser inconscientemente governado por eles.” (Einstein apud Neil Smith)

Dessa maneira há mudanças conceituais que fazem com que seja necessário criar técnicas para expressar toda a abrangente gama de ações antrópicas e naturais causadas no espaço geográfico. Assim a cartografia e o geoprocessamento são técnicas importantes que todos os geógrafos têm de saber utilizar com maestria. Além de outras ferramentas fundamentais como o trabalho de campo, a ferramenta mais importante, dentre todas, para o geógrafo.

Vide toda a necessidade de entendimento da natureza (e seus recursos) e da sociedade, a Geografia é uma arma fundamental para a dominação e controle de áreas, lugares e territórios. Assim a Geografia vem sendo apropriada pelo Estado e por empresas (geomarketing) para garantir a expansão e manutenção do capitalismo .

Com a Geografia Critica surge uma possibilidade de romper com esta apropriação indevida do Estado e das empresas sobre a Geografia.

A geografia definida como clássica acreditava na forma do Estado, como civilizatória. O desenvolvimento da Geopolítica, especialmente, tinha este caráter, o que, inclusive, incluía uma análise Positiva do moderno processo de colonização. Então, a relação da Geografia com a pratica passava pela mediação do Estado.

Uma Geografia contemporânea, que atualiza uma Geografia Critica – de presença anarquista e subversiva, portanto, não estatistas – questiona a economia e o Estado. Esta é a grande aquisição destes novos tempos: generalizar a critica do processo de desumanização, inerente às ações econômicas e estatistas. Portanto, a relação com a prática já não é, necessariamente, sob a mediação do Estado. (p.60)

Mas ficam duas perguntas: É suficiente apenas questionar o Estado e a economia? É suficiente apenas generalizar as criticas a desumanização?

A Geografia, no âmbito da política, está na estratégia e assim é capaz de planejar ações práticas que tenham real efetivação de subversão e, assim, ajudar a transformar não só o espaço geográfico como também a sociedade como um todo. Visto por esse âmbito será esse o motivo de o Estado de São Paulo está transformando a disciplina de Geografia no ensino médio algo facultativo?

É possível ver que uma nova concepção de Geografia surge. Mais subversiva e mais atuante, visando uma mudança social. Para alguns ainda é algo abstrato e não muito amadurecido, mas para outros está semente, plantada há algum tempo, brotou e logo começará a dar flores. Virá a incomodar muita gente?

Referências:
1- Ver artigo do Elvio. Por referência.

2- Ver Yves Lacoste (“A geografia serve para se fazer a guerra.”) e Neil Smith (“Desenvolvimento Desigual.”)

3- Damiani, Amélia Luiza. A Geografia que desejamos. Boletim Paulista de Geografia, São Paulo, Nº 83, Dezembro de 2005, p. 57 a 90.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Fique por dentro!

Salve salve rapaziada da geografia!
Fiquem espertos com os serviços de informação que existem sobre nosso Curso e Instituição:

Grupo de articulação política estudantil do curso de geografia do Instituto Federal Fluminense (IFF) e, de discussão/realizações acerca da geografia. Não obstante, esse espaço se apresenta aberto e livre, a demais discussões que seus membros acharem relevantes ao coletivo estudantil e a geografia, seja ela regional ou não. No mais, bem vindos, bom debate e grandes realizações!

Serviços oferecidos:
Fique antenado! 

No ORKUT:

Geografia - IFF Campos


descrição:
Conhecer o espaço para nele situar-se!

Essa comunidade tem o intuito de expandir o conhecimento dos estudantes de Geografia do IFF Campos, através de debates sadios e produtivos. O que não nos impede de fazer comentários diversos, desde que respeitem o bom senso e a liberdade de todos. Além disso, pretende proporcionar uma maior aproximação de seus integrantes, futuros colegas de profissão.


Abraço a todos